quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Partilha de uma tarde solarenga
Instalo-me no privilegiado Polar e lá começo a bebericar o meu guloso café duplo enquanto os meus olhos se entretêm com um mar falsamente calmo e uma praia de areia fina povoada por uma extensa rede de pesca e por pontos humanos de casais separados entre si a passear pausadamente enquanto seus cães energeticamente mostram a sua irreverência e felicidade por estarem livres de paredes ou coleiras restritivas. Tento personificar um desses cães, e dou comigo a teorizar que isto deve equivaler a um momento sinergético de actividade física e cultura, um momento em que o cão pode potenciar a sua expressão e capacidade física ao mesmo tempo que vai absorvendo cheiros que lhe enriquecem e alargam o seu conhecimento.
sábado, 19 de novembro de 2011
Retomar partilhas
Aqui vai um retomar de pensamentos avulso:
A idade tem dois tons, mas uma multiplicidade de vivências.
A idade tem dois tons, mas uma multiplicidade de vivências.
sábado, 27 de novembro de 2010
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Difference
Contrary to the general conception, difference makes it easier to love and fall in love...
This is one La Chouffe moment.
This is one La Chouffe moment.
sábado, 30 de outubro de 2010
A vida da Morte
Hoje seria dia de aniversário caso a Morte não tivesse aparecido antes do tempo. Malograda esta vida composta de morte.
Aqui vai um excerto do que será publicado na próxima edição da Voz de Mira:
"A vida da Morte…
A vida da Morte é tristonha. A vida da Morte anda rodeada de tristeza. A vida da Morte transforma-nos em seres tristes.
Ela, a Morte, anda por aí, sempre andou, sempre andará. Ela despe-se de feição e só se mostra quando um determinado corpo já não transmite vida. A Morte é cruel.
A Morte e a Natureza são elementos da Vida, e quantas vezes a Morte não tira vida à Natureza.
Em dias gélidos de Inverno a Morte cuida de tirar a vida a uma frágil flor; pensemos, conscientemente, numa rosa. Uma rosa que, para os humanos, pode ter simbologia tão diversa – da paixão à política –, porém, para a Morte essa simbologia é tão desinteressante como desrespeitada. Ela absorve insensivelmente a vida da rosa nos dias frios, argumentando-se casuisticamente na fisiologia da espécie, e assim, a vida de uma rosa morre: perde a cor, perde o perfume, perde a sua essência.
Em dias de abrasivos de Verão a Morte cuida de tirar a vida a uma sedenta águia; pensemos, conscientemente, numa águia sem raça mas com espírito, uma águia livre como aquelas que pairam no imaginário das pradarias. Falamos de uma águia cheia de vida e de necessidade de vida, uma águia resistente, tantas vezes maltratada pela Vida mas sempre ripostando com vida. Infelizmente, para aquela águia e para quem a sua vida também trazia vida, aquele Verão foi seco e quente demais. A morte saiu à rua (como o José Afonso lá cantarolava, antes de a Morte o visitar precocemente) de novo e, desta vez, foi retirando lentamente vida até à pobre águia não poder voar mais, acabando esta por rogar à Morte para ocupar o seu lugar naquele corpo sem vida.
Choque!"
Aqui vai um excerto do que será publicado na próxima edição da Voz de Mira:
"A vida da Morte…
A vida da Morte é tristonha. A vida da Morte anda rodeada de tristeza. A vida da Morte transforma-nos em seres tristes.
Ela, a Morte, anda por aí, sempre andou, sempre andará. Ela despe-se de feição e só se mostra quando um determinado corpo já não transmite vida. A Morte é cruel.
A Morte e a Natureza são elementos da Vida, e quantas vezes a Morte não tira vida à Natureza.
Em dias gélidos de Inverno a Morte cuida de tirar a vida a uma frágil flor; pensemos, conscientemente, numa rosa. Uma rosa que, para os humanos, pode ter simbologia tão diversa – da paixão à política –, porém, para a Morte essa simbologia é tão desinteressante como desrespeitada. Ela absorve insensivelmente a vida da rosa nos dias frios, argumentando-se casuisticamente na fisiologia da espécie, e assim, a vida de uma rosa morre: perde a cor, perde o perfume, perde a sua essência.
Em dias de abrasivos de Verão a Morte cuida de tirar a vida a uma sedenta águia; pensemos, conscientemente, numa águia sem raça mas com espírito, uma águia livre como aquelas que pairam no imaginário das pradarias. Falamos de uma águia cheia de vida e de necessidade de vida, uma águia resistente, tantas vezes maltratada pela Vida mas sempre ripostando com vida. Infelizmente, para aquela águia e para quem a sua vida também trazia vida, aquele Verão foi seco e quente demais. A morte saiu à rua (como o José Afonso lá cantarolava, antes de a Morte o visitar precocemente) de novo e, desta vez, foi retirando lentamente vida até à pobre águia não poder voar mais, acabando esta por rogar à Morte para ocupar o seu lugar naquele corpo sem vida.
Choque!"
sábado, 16 de outubro de 2010
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Frases noctívagas
Quando o enchimento de vazio é tanto, dá-me para "inócuizar-me" com pensamentos como este:
A expressividade é exposta de formas oblíquas à realidade;tem sentidos diferentes mas comunga da mesma verdade. Hoje, está terrivelmente bonita,senão mesmo, horrivelmente esbelta.
A expressividade é exposta de formas oblíquas à realidade;tem sentidos diferentes mas comunga da mesma verdade. Hoje, está terrivelmente bonita,senão mesmo, horrivelmente esbelta.
terça-feira, 27 de abril de 2010
Sabedoria de um verdadeiro artista musical
"Quando vemos as principais tabelas de música em todo o mundo e olhamos para as capas dos principais jornais, percebemos que a música não fala de nós, da nossa vida, dos nossos conflitos. É música sem propósito." (Mattew Herbert in Ípsilon)
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Divagação inóqua
A vivência é exercida por forças e não por momentos eternizados na abstracção do sentir.
quinta-feira, 15 de abril de 2010
A Holanda está em obras
É realmente impressionante a quantidade de obras que estão a decorrer por toda a Holanda, é um caos organizado.Mais fantástico só os subsídios (por m2) que a Câmara de Roterdão dá a quem tiver um terraço, um telhado ou balcão com verdura, entenda-se, plantas que auxiliem, com a sua fotossíntese presumo, o regenerar do ar citadino. Isto leva-me a questionar, será quem planta cannabis no telhado também tem direito a subsídio? E será este maior que as coimas por excesso de produção?
quarta-feira, 31 de março de 2010
Uma estrofre, um pensamento externo
Nebulosa nuvem que paira em mim,
deita-te,deixa de existir,desiste;
não há quem assiste,
e só perpétuas uma luta sem fim.
deita-te,deixa de existir,desiste;
não há quem assiste,
e só perpétuas uma luta sem fim.
quarta-feira, 17 de março de 2010
Oriento-me pela ausência de sinais
Oriento-me pela ausência de sinais.
Decido caminhar pelas rochas salientes no horizonte da água. Não é uma água qualquer, é o Oceano Atlântico. É imenso. É ondulante e refrescante. É composto pela grandiosidade de uma diversidade homogénea.
O seu rendilhar ‒ de vagas compostas de ritmo, som e forma ‒ são tranquilizantes naturais; pelo menos em dias como hoje, em que o vento comemora a paz com a Terra e permite que o temor invisível não perturbe a minha calma humana.
Mudo geograficamente de lugar, mergulho numa nova procura:
Há anos que procuro o que não tenho, porém tenho muito mais do que procuro; só não sei usá-lo para o meu bem. Por isso, ou também por isso, desço pelos trilhos invisíveis da floresta, fresca de orvalho e verdejante de castanho .Procuro não encontrar uma direcção, quero perpetuar o meu diálogo físico com a natureza.
O céu cinzento continua a reprimir as lágrimas de chuva, ao mesmo tempo que filtra a luminosidade até um ponto ideal; ideal para uns olhos sensíveis à beleza. Os mesmos olhos que hoje bebem cores e formas de diferentes ângulos. É um daqueles momentos de sede de imagens, em que tudo é passível de ser absorvido e o léxico iconográfico é extensivamente ampliado. Os meus olhos estão loucos de vida hoje!
Decido caminhar pelas rochas salientes no horizonte da água. Não é uma água qualquer, é o Oceano Atlântico. É imenso. É ondulante e refrescante. É composto pela grandiosidade de uma diversidade homogénea.
O seu rendilhar ‒ de vagas compostas de ritmo, som e forma ‒ são tranquilizantes naturais; pelo menos em dias como hoje, em que o vento comemora a paz com a Terra e permite que o temor invisível não perturbe a minha calma humana.
Mudo geograficamente de lugar, mergulho numa nova procura:
Há anos que procuro o que não tenho, porém tenho muito mais do que procuro; só não sei usá-lo para o meu bem. Por isso, ou também por isso, desço pelos trilhos invisíveis da floresta, fresca de orvalho e verdejante de castanho .Procuro não encontrar uma direcção, quero perpetuar o meu diálogo físico com a natureza.
O céu cinzento continua a reprimir as lágrimas de chuva, ao mesmo tempo que filtra a luminosidade até um ponto ideal; ideal para uns olhos sensíveis à beleza. Os mesmos olhos que hoje bebem cores e formas de diferentes ângulos. É um daqueles momentos de sede de imagens, em que tudo é passível de ser absorvido e o léxico iconográfico é extensivamente ampliado. Os meus olhos estão loucos de vida hoje!
quarta-feira, 3 de março de 2010
O passado
O passado persegue-me como se de o futuro se tratasse...(o meu dia tem girado sobre esta nebulosa frase)
sábado, 27 de fevereiro de 2010
Escolha
A escolha torna a existência mais rica. A escolha torna a emoção mais instável. A escolha torna o que é belo mais verdadeiro.
A escolha permite-nos sentar, levantar e elevar, de certo modo, permite-nos existir, mesmo que rodeado e emparedado por paredes inexistentes.
A escolha permite-nos sentar, levantar e elevar, de certo modo, permite-nos existir, mesmo que rodeado e emparedado por paredes inexistentes.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Erasmus wisdom
“A good prince will tax as lightly as possible those commodities which are used by the poorest members of society: grain, bread, beer, wine, clothing, and all other staples without which human life could not exist", this was written 500 years ago by the "rationalist" Desiderus Erasmus. Wisdom and common sense are ageless.
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