quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Crise

A crise é um substantivo comum tão banalizado nos dias que correm que já assume a prepotência de um substantivo próprio sempre que é proclamada. Se tivermos em conta que o seu significado não se distancia de uma mera perturbação que altera o curso ordinário das coisas, temos na “Crise” razões para uma verdadeira estrela mediática. Por algum motivo é que esta “Crise” é apontada como causa-efeito de todos os males económicos e sociais contemporâneos e utilizada como argumento para intervenções e ajudas estatais impensáveis em tempos de “normalidade”. Contudo, eu não percebo como é que os salários baixos, as listas de espera nos hospitais, as mortes nas estradas, o individualismo societário ou o aquecimento global poderão ser entendidos como “normalidades”? Principalmente num mundo (entenda-se elites mundiais) que acorda agora sobressaltado para facto da rede financeira estar baseada na especulação, na transmissão de dividas e na previsão de valores.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Um regresso de um actor...

Com os acontecimento dos últimos anos vejo o ressurgir de um actor internacional, a Rússia.
Infelizmente, na política interna não tens usado a moderação da política externa, seja como for, tenho de enaltecer discuros como o do Ministro Lavrov na AGNU.
"A solidariedade oriunda do 9/11 deveria ser defenida em princípios, de facto, mais sólidos, na recusa de jogos geopoliticos, no não emprego de critérios duplos na análises de situações, no respeito pelo DI, evitando-se todos os extremismos e radicalismos - não apenas os de organizações terroristas, mas de todos." Continua dizendo que a recusa da aventura deveria ser a regra e o "dever de porteger" não poderia ser sujeito a interpretações de conveniência.
Quem me dera que a Rice falasse assim...