domingo, 27 de julho de 2008

Pensamento anárquico

A procura da anarquia é libertador, viver em anarquia é desesperante...

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Vive le Tour

Já faz tempo que não partilho os meus pensamentos enquanto beberico um gole de um café que transborda um aroma irresistível.
Ao contrário do que possam pensar, principalmente aqueles que me conhecem melhor, não é devido ao Tour de France, mas sim por motivos pré-profissionais e obrigações familiares (não paternais!) que não tenho expresso alguma da minha parvidão neste blog.
Mas já que menciono o Tour, aqui vão uns pensamentos sobre uma competição que muito me apraz.
As paisagens, o sacrifício, a competição desportiva, a imprevisibilidade do ciclismo fascina-me. É um desporto colectivo onde o individual sobressaí…um evento desportivo dos mais completos e…no qual não se paga para assistir!
Como noutros desportos, também no ciclismo tenho uma equipa de estimação, a holandesa Rabobank.
O Tour está no fim, muitos dos ataques prometidos não aconteceram e quem cumpriu recorreu a substâncias proibidas. Felizmente neste desporto, os batoteiros são castigados, seja quem for e imediatamente. Quem me dera que noutros desportos fosse assim…

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Palavra de um mestre...

"O problema do mundo é estarmos enterrados sob o peso da informação, que está a ser confundida com conhecimento..." Amen Tom Waits!

Contrabaixo Bar

Vinte e cinco anos de Contrabaixo inspiraram tardes, noites e madrugadas na Praia de Mira, sempre fiel ao seu espírito e propósito representando um feito notável neste sector comercial altamente competitivo e em constante mutação.
O Contrabaixo é um bar especial, onde a rusticidade piscatória do seu design interior se funde com momentos musicais de grande qualidade e a disputa pelo conhecimento esvoaça de mesa em mesa.
Foi no Contrabaixo, com paredes cobertas de quadros que lutam pacificamente com o castanho afável da madeira, que entrei em contacto com “dois deuses” em pleno debate agnóstico da minha adolescência, Jonh Coltrane e Miles Davis.
Ainda bem que existem espaços destes...

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Último pensamento sobre o Europeu

A arbitragem, ao contrário do que a generalidade dos comentadores afirmam, foi igualmente má como nos restos dos campeonatos sejam eles: o Italiano, Espanhol e Português. Houve inúmeros erros decisivos, atitudes pouco pedagógicas e incoerências de penalizações, dentro e fora de campo. Infelizmente não temos imagens para o provar, porque a UEFA decidiu calar as multidões negando o acesso às repetições e imagens mais polémicas.
Se nas nossas televisões não mostrassem as imagens deprimentes de alguns países de África, tenho a certeza que as massas também achavam que tudo estava bem para aqueles lados, que a nossa ajuda e o nosso modelo de desenvolvimento tinhas trazido grandes vantagens. Caminhos perigosos destes iluminados que dizem o que é indicado para o povo ver.
Voltando ao jogo, resta-me apontar mais um ponto negativo… A organização do evento. É certo que estou a comentar de fora, sem lá ter estado mas parece-me claro que a festa de futebol extra-recinto de jogo foi muito mais pobre. Tudo que houve foi alimentado pelas gentes de fora que trouxeram a energia e dinheiro que o marketing poderoso usou para criar lucros nas “fun zones” e afins… A festa do povo (como é conhecida por Portugal e muitos outros sítios onde os fascismos se instalaram em tempos) pouco teve de alegria pura. Recentes exemplos, na fria Alemanha e no quente Portugal, demonstraram um furor pela felicidade da confraternização e intercâmbio entre povos fenomenal. Nada comparado com este último Europeu.
Além disto, penso que o estado dos relvados deixou muito a desejar, muito mesmo, pior que isso só a imagem securitária que nada contribui para que a festa do Europeu fluísse com os normais exageros, sendo que os positivos suplantam em larga escala os negativos.
Serei só eu a sentir isto deste Europeu?

terça-feira, 1 de julho de 2008

Pensamentos sobre o Europeu 2

Retomando a ideia de um futebol de média/alta qualidade, devo partilhar que as minhas expectativas em relação ao futebol espectáculo neste tipo de eventos são muito baixos. Porquê? Os jogadores de topo chegam muito cansados e mentalmente fragilizados de épocas muito preenchidas. Penso que a competitividade clubista e o negócio do futebol tem um efeito desgastante e desviante de alguns valores fundamentais do futebol, como é o caso do futebol bonito, motivante e deslumbrante.
No entanto, este campeonato teve bons momentos de futebol. Equipas como a Holanda e a Espanha souberam com mestria aplicar as transições atacantes com grande classe e eficácia, onde grandes jogadores como Sneijder, De jong, Xavi e Senna foram deslumbrantes.
A Rússia impressionou-me através do futebol de escola, quero dizer, o futebol dos fundamentos básicos, passe, desmarcação, compensações, jogo sem bola, finta como recurso e não com regra, mudança de flanco, de posições e mesmo de formas de marcar livres directos…faltou-lhes experiencia, a grande estrela Pogrebnyak, uma voz de comando dentro de campo e talvez um pouco de modéstia após o empolgamento mediático resultante da vitória estrondosa frente à Holanda.
Penso que além destas equipas só me surpreendeu pela positiva a Áustria e Suíça, de quem pouco se esperava e mostraram carácter, motivação e espírito de equipa, ambas ficaram pela fase de grupos, mas se os árbitros tivessem feitos exibições justas, estas duas equipas tinham poderiam ter ido mais longe. O mesmo não se pode dizer da Turquia, que fez da garra e de um meio campo de qualidade argumentos para sobreviver sucessivos sobressaltos, no entanto, contrariando o que acontecera na última grande competição que participaram (Mundial 2002), os árbitros erraram novamente, mas neste caso a seu favor.
Concluindo, resta-me dizer que as equipas mais calculistas não foram premiadas, Grécia, Alemanha, República Checa, Suécia, todas elas propuseram-se a um futebol de expectativa, lembre-se da Suécia vs Grécia, para perceber até onde se pode chegar a “seca” com equipas com estas estratégias. A final representou a vitória do futebol de qualidade técnica, sobre o futebol rectilíneo, baseado fundamentalmente na táctica e capacidade física e mental dos seus jogadores.

Pensamentos sobre o Europeu de Futebol

Ousei comentar o Europeu de Futebol de 2008 e correu mal. Os meus desejos não foram concretizados, salvando o facto de que no final ganhou quem jogou melhor futebol e foi mais consistente no decorrer da competição.
Agora com o fim do Campeonato, deixem-me partilhar alguns dos meus pensamentos sobre esta temática que ocupou tanto tempo dos nossos telejornais e do imaginário colectivo português (mas eu sou português!??? E não me revejo no patriotismo da bandeira, cachecol,gritaria e visionamento das casas e chegada dos futebolistas!???Talvez os esquerdalhos tinham razão e não devemos dizer nós portugueses, pois entre os portugueses há muitos nós diferentes).
Comecemos pelo futebol, foi bem melhor do que assisti no Europeu em Portugal, mas mais fraquinho do que o praticado no Europeu de 2000, como tal classifico-o como médio/alta qualidade futebolística. Explicarei melhor quando for buscar outra chávena de café...